domingo, 9 de novembro de 2008

Bugatti EB 110 GT: apesar da curta história, o carro se tornou um dos ícones da década de 1990







Antes do Veyron, outro Bugatti fazia o coração de muitos apreciadores de carrões esportivos italianos bater mais forte. Apresentado em 15 de setembro de 1991, exatos 110 anos do nascimento de Ettore Bugatti, fundador da marca em 1909 na cidade francesa de Molsheim, na Alsácia, e que produziu os famosos Tipo 35, Royale e o Atlantic. O Bugatti EB 110GT, dividia junto com o inglês Jaguar XJ 220, o título de carro mais rápido do mundo no início dos anos 1990, até a chegada do Mclaren F1 GTR. O controle italiano da Bugatti veio em 1991, e a marca mudou-se para Módena, onde os EB 110 GT foram montados. Com as acusações de fraudes financeiras a marca teve de fechar as suas portas na segunda metade da década de 1990, e em 1998, a Bugatti passou a pertencer ao grupo Volkswagen. O EB 110 GT, levava no nome a sigla “EB”, que significa, Ettore Bugatti e o número 110, era em homenagem aos 110 anos da data de nascimento de seu fundador.O carro teve seu projeto desenvolvido por Paolo Stanzani, criador de outro ícone, o Lamborghini Countach. A carroceria era feita em fibra de carbono, as portas abriam para cima, similar a usadas nos Lamborghini. As vendas do EB 110, foram iniciadas em 1992. O carro tinha um motor V12 3.5 litros, com quatro turbocompressores e 60 válvulas, cinco por cilindro; que desenvolvia 561cv de potência. O esportivo ainda contava com tração integral e cambio com seis velocidades. As marcas do carro eram: 0 a 100km, em apenas 4,5 segundos e velocidade máxima de 341,3 km/h, já o XJ 220, alcançava 354 km/h. ms logo em breve o motor do EB 110 GT foi “mexido”. A potencia aumentou para 592cv. Também foi apresentada uma versão SS ( Super Sport) com 611cv e que alcançava 348 km/h, e ia de 0 a 100 km, em 3,2 segundos. Embora a produção dos 110 GT foram encerradas em 1994, durante Salão do automóvel de São Paulo desse mesmo ano, o Bugatti EB110 GT e o Jaguar XJ 220 apareceram por aqui e foram, junto com o Lamborghini Diablo e a Ferrari F-512M, as atrações do salão naquele ano. Também em 1994, o campeão de fórmula 1 Michael Shumacher comprou uma versão SS amarela, o que foi uma ótima publicidade para a marca. Outro evento no mesmo ano também fez o carro aparecer. Um Bugatti EB 110, seria um dos troféus para a Seleção italiana de futebol, caso vencesse a Copa do Mundo. Mas, esse fato não se consumou. Em 1996 Derek Hill, filho do ex-piloto de formula 1, o americano Phill Hill, divide a direção de um EB 110 GT com outros dois pilotos, na famosa prova das 24 horas de Daytona, nos Estados Unidos. O carro também serviu de base para o Edonis, carro feito na virada para o século XXI e, claro, teve apenas 21 unidades produzidas. Do EB 110, vinham os chassi e motor, que no Edonis desenvolvia 610cv e máxima de 365 km/h. As “sobras” dos EB 110 GT, ficaram a cargo da Dauer Sportwagen, com sede em Nuremberg. Que comprou o estoque da Bugatti e lançou o Dauer EB110GT, que também conta com a versão SS e tem um catálogo de peças sobressalentes. A Dauer ficou famosa pelos Dauer 962 Le Mans, baseados na mecânica dos Porsche 962. O carro venceu a famosa prova francesa em 1994. O EB da Dauer, ainda está em produção, porém só é feito por encomenda. Essa é tradição da marca franco-italiana, que sempre teve o seu nome ligado a velocidade, mesmo nos tempos mais difíceis. Prova de que os mitos, também são heróis. Mesmo que estes sejam de aço e fibra de carbono.
Bugatti EB 110GT: apesar de ficar apenas 2 anos em produção, o carro entrou para a eternidade...
... suas linhas foram traçadas por Paolo Stanzani, criador de carros como os Lamborghini Countach...
... a versão SS. Versão mais potente do Eb 110 Gt : 610cv
O modelo ainda é produzido pela alemã Dauer, e se tornou o Dauer EB 110, e só é feito por encomenda.

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